domingo, 21 de novembro de 2010

5 minutes

Please, tell her that you hate her.
Tell her you don’t love her anymore.
Tell her you’re in love with someone else.
Tell her that she never mattered to you.
Tell her that she was just a distraction.
Tell her you don’t regret of doing it.

Tell her you don’t know who she is.

And say it out loud.
Say it choosing the rudest words,
So she’ll never look into your eyes again.
So the bad words will replace everything
And her inside will explode,
Killing all the feelings that she had.

And she’ll erase you forever
Giving place to something new
Something that might make her happy again.
But say something. Please.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

And I found him - set/2009


Há alguns dias estávamos combinando nosso primeiro encontro. Eu sempre prometia, mas, quando chegava a hora H, acabava dando uma desculpa para não vê-lo. Não sei se era nervosismo, ansiedade, medo da expectativa inicial ser maior do que o resultado final, enfim, fugia da minha palavra. Sabia que ele estaria me esperando, independentemente de quando a minha coragem aparecesse.

No começo da semana tomei a decisão: ir ao meu belo destino na sexta-feira. Dessa vez prometi a mim mesma que não haveria falha, afinal todas sabemos que, se dificultamos demais, a vontade vira uma nuvem de ilusão e vai embora.
Chegou o grande dia. Despertei com os raios de sol atravessando as cortinas e penetrando na minha camera: exatamente sete horas da manhã. Sem pensar duas vezes, levantei-me e comecei a me aprontar. Era um daqueles dias em que se arrumar dá gosto. O legítimo dia em que, por mais que tenhamos uma causa especial, conquistar a si própria é fator fundamental. Jeans, blusa básica, cabelos soltos, perfect shoes, aquele anel, a blue flower - só pra dar aquele toque-.

Durante o trajeto começava a surgir aquele friozinho na barriga. A hora mais longa da minha estada na Itália. A cada estação em que o trem parava, olhava pela janela para ver se já havíamos chegado ao destino. Revisava os mapas sem parar: queria ter certeza de que não erraria o caminho até ele, por mais que o tivesse decorado em minha mente ao longo dos dias de espera.

Na chegada não perdi tempo. Segui com precisão todo o trajeto estabelecido. Parecia que, quando mais me aproximava, mais ouvia ele me chamar. Estaria ele tão ansioso quanto eu? Simplesmente não via a hora. Meus passos eram longos e ágeis, e em cerca de dez minutos lá estava eu.

Nosso local de encontro era tipicamente europeu: um museu. Graças a minha exímia pontualidade, não precisei encarar filas nem visitantes desagradáveis: não queria crianças chorando, muito menos japoneses intrometidos fotografando aqueles que seriam os meus momentos com ele.

Quando entrei me deparo com algo que eu não esperava: uma exposição fantástica de Robert Mapplethorpe -famoso fotógrafo nova-iorquino- “La perfezione nella Forma”. Fotografias peculiares, de ângulos diversos, em preto e branco, de corpos nus. Seguindo a indicação do título, tive a impressão que o acervo era basicamente uma preparação, por assim dizer, para a tentativa de compreensão do pensamento que estava sendo gerado na mente dos artistas renascentistas há mais de 500 anos atrás ali na mesma cidade. Um exercício para o olhar, que ao fim, capacita-nos de concluir que, sim, o homem é um ser perfeito em suas formas e intelecto e é o centro do universo.

Sai da galeria totalmente fascinada. Minha mente estava pronta para entrar no mundo renascentista com toda vontade, como se fosse uma nova página, clara sem nenhum vestígio de cotidiano, quando de repente vejo “ele”. Fui pega de surpresa, não esperava. Esses italianos sabem mesmo como conquistar.

Ele era tudo o que eu esperava e mais um pouco. Alto – daqueles com os quais se pode usar qualquer salto alto sem se sentir a maior mulher do mundo-, cabelos ondulados em um corte levemente bagunçado – tudo que qualquer uma sempre quis-, com um rosto lindo de dar inveja, um corpo perfeitamente esculpido, e uma pele clara como a neve. Seus olhos eram serenos e atentos ao horizonte, sua expressão de tranqüilidade definia as maças da face, porém seus lábios eram cerrados, deixando no ar uma onda de mistério. Os músculos eram tensos, apesar de seus movimentos serem leves. Percebiam-se as veias em seu antebraço direito, como se tivesse feito força em um momento anterior. Seguindo a lógica do conjunto, poderia aderir uma respiração ofegante ao bello, daquelas obtidas após um momento tenso. Após uma longa observação e avaliação do perfil da “obra-prima da natureza”, percebi que ele era, além de tudo, um jovem vitorioso, realizado, orgulhoso de si e de seu caráter. Ah sim, seu nome: Daví – filho legítimo de Michelangelo-.

Ficamos juntos por volta de 1 hora. Não cansava de admirá-lo. Daví é realmente fantástico, praticamente uma perfeição. Però, é um pouco quieto, não gosta muito de falar. Além disso, é um homem muito concorrido. O legítimo partido que, se a mulher é ciumenta, não pode nem cogitar, pois as concorrentes não tem vergonha de olhar.

Deixei a Galleria dell’Accademia por volta do meio dia. Que manhã maravilhosa. Combinamos de nos encontrarmos novamente no começo de outubro, quando farei outra visita a Florença. Mal posso esperar.

Isabella Barbieri

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Già stanca.

É incrível como a semana mal começa e já estamos cansados. Tento entender se o cansaço vem do final de semana muito bem aproveitado ou da volta a realidade, que faz recordarmos todos os "pepinos" que temos a resolver. O engraçado é que, mesmo não comentando o que sinto, ouço as pessoas a minha volta resmungarem disso o tempo todo.

Aí aparece o problema em questão: se todos estão sempre cansados, o que deveríamos fazer? Tirar férias, hibernar por uns dias durante o feriado, jogar tudo pra cima e virar hippie? É um problema que a sociedade impoe sobre nós, ou nós mesmos naturalmente estamos condicionados a esgotarmos ao máximo nossas energias para fazer tudo o possível?

Semana passada tive o privilégio de viajar para o Rio pela primeira vez. Foi uma viagem super rápida, pouco mais de 24 horas na cidade maravilhosa - mas que foram suficientes para curtir um pouco do que aquele paraíso  tem a oferecer-. Eu e minha dupla de criação, Bruna Curra, estavamos entre as 10 finalistas do concurso universitário da ABP, então resolvemos participar da cerimônia de encerramento do Festival de Publicidade do Rio - onde seria a premiação. Chegamos no Rio de Janeiro por volta do meio dia, e diretamente deixamos as mochilas no hotel e fomos passear na belissima praia de Ipanema. Observando as pessoas, tiramos conclusões muito peculiares sobre o estilo de vida carioca. Existe SIM um outro estilo de vida. As duas da tarde e o povo na beira da praia estava pegando sol, os homens jogando frescobol, surfando... Ninguém me diz que aqueles eram turistas, pois de brancos cor-de-leite não tinham nada. Todos exibindo seus corpos super bronzeados, definidos... Será que eles invertem o horário de trabalho? Ou será que não trabalham? Quisera eu ter pique pra trabalhar+malhar muito+pegar umas 2 horas de sol por dia+estudar.

Voltando a Porto Alegre, nas minhas 5 horas de aeroportos+voos fiquei refletindo sobre os estilos de vida. Ultimamente saiu uma pesquisa nacional que divulgava que o Rio Grande do Sul é o estado com maior índice de pessoas acima do peso. Provavelmente tem relação com nosso clima, as tradições, o estilo provinciano de Porto Alegre, que não concede a ela um status de cidade super mega agitada como São Paulo, que tem seu ar de metrópole e city that never sleeps. Então penso: ok, mas em Porto Alegre as pessoas são muito mais ocupadas do que pessoas do Rio, inclusive reflete na sua agilidade para qualquer coisa. Tá, mas e aqueles de SP, que vivem na quinta maior metrópole do mundo, e que trabalham redobrado e ainda por cima tem tempo e disposição para exercícios e vida social? Sim! Isso existe! Sendo assim me deparo com tal linha de raciocínio: ou nós gaúchos somos pessoas tristes e inconformadas por não termos as belas praias do Rio e  o super agito paulistano, ou existe um campo magnético preguiçoso sobre o nosso estado.

Eu que achei que após me recuperar da anemia voltaria a ter mais disposição. Aparentemente não, mas eu JURO que não vou deixar o vírus do cansaço porto-alegrense me contagiar. Acho que todos precisamos de uma injeção de ânimo, força de vontade e ambição hoje em dia, caso contrário vamos passar o resto de nossas vidinhas gaúchas inconformados com a realidade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Commited

Algumas pessoas adequam essa expressão somente a relacionamentos amorosos. Utilizam os poucos minutos de folga da correria diária para futricar no orkut, facebook, twitter, celular, para se apropriar de informações da vida alheia que não trarão nenhum benefício a elas mesmas- não que eu não goste das redes sociais, muito pelo contrário-.Depois de comprovarem o que já esperavam ficam tristes e desapontadas. Para essas, commitment significa apenas isso: um rótulo. Como se de agora em diante, o conteúdo individual de cada ser humano fosse ser alterado completamente - em temperos, aromas, texturas, sabores - por uma mera classificação imposta pela sociedade "futriqueira". Pode-se comparar com uma Coca Cola e uma light? Pelo visto parece que sim. 

Rótulos, quem precisa deles? Do que adianta um rótulo carimbado no meio da testa do indivíduo, quando nem esse é verdadeiro. Do que adianta ter um namorado quando esse não lhe oferece reciprocidade, carinho, amor. E nesse último, não é dizer o "eu te amo" clássico a toda hora, mas sim demonstrar nos pequenos gestos: o telefonema de boa noite no final de um dia difícil, o deep look into your eyes no meio da multidão, o sorriso suave quando recebe um elogio, ou até a risada estrambólica da situação mais bizarra da sua vida. E não pensem que só esse é o tipo falso-rotulado. Existem aqueles vulgo solteirões/Samanthas que se auto-glorificam, quando , internamente, se mordem por não possuirem uma pessoa com a qual possam partilhar momentos especiais (e sometimes simplórios) de suas vidas. Existe uma situação paradoxal, mas a grande questão é que cada vez mais as pessoas idealizam o rótulo ao extremo, imaginando que somente ele seja necessário para criar seu universo pessoal, e acabam por esquecer-se da vida real: aquela que o individual interior vai viver.

Commitment. Relacionamento. Comprometimento. Rótulo. Realidade? 
Acabei de chegar em casa, sexta feira, onze e meia da noite, depois de uma semana maçante e que ainda não terminou. Sim, pois a minha semana de tarefas a cumprir termina no sábado, após ter frequentado Ética e Cidadania, as onze e meia da manhã. O dia de hoje me fez refletir muito o significado da palavra comprometimento, em especial durante minha aula de Pesquisa de Mercado. Me deparei com uma situação normal, onde um instituto de pesquisa realiza a técnica de grupo focal, e no término coloquei em pauta minhas considerações e críticas. O que chamou atenção de início, tornou-se uma bola de neve na minha cabeça no passar da minha reflexão sobre o contexto da aula, de seu início ao fim, e as associações com as aulas passadas e com as que estão por vir. Ao fim do período encontravam-se na sala, além do grupo e professor, somente 2 alunas observando (eu  e uma colega). Onde estava o resto? O grupo de semana que vem (que se fosse experto teria observado até o último segundo para arrasar) e os próximos, onde estavam? A situação ficou chata, pois somente nós duas criticamos. Where is the damn commitment?!

Falta comprometimento em muita gente hoje em dia. Comprometimento com os estudos; com os pais -que investem uma vida nos filhos- ; com o futuro - que se prejudica significativamente com esses deslizes-; com o mundo -que a cada dia tem seu quadro clínico alterado-; com si próprio - pois independentemente de onde estiver vivendo, com quem, com quantos anos ou condições de vida, quem estará do seu lado é você mesmo. Infelizmente são poucos que aderem a essa linha de pensamento, aquele que vem de dentro de si. A grande realidade do globo é que o único comprometimento que as pessoas tem é com seus rótulos. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sometimes you have so much to say that the words aren't strong enough to come out of your mouth. Then you start hurting yourself all over your insight, specially your throat, that feels like fire coming directly from hell. Your body gets stuck, your voice sounds like a monster and the last thing that comes on your mind is hope. You don't want anyone to see you crying, so you realize that the best damn thing to do is to take a shower, so anyone can listen to your tears.

domingo, 9 de maio de 2010

LA FESTA DELLA MAMMA!



Em especial a minha mãe, mas em homenagem a todas as mães do mundo. Independente de onde vocês estiverem, perto ou longe de seus filhos, sempre estarão junto de nós em nossos corações e pensamentos. Amanhã é o dia de vocês, e merecem nossos profundos parabéns, afinal sem vocês não estaríamos aqui.
Mãe, tu estás comigo sempre. Te amo a cada segundo :)